A covid-19 como aceleradora da digitalização empresarial.

00/00/0000

Todos sabemos que as empresas de todo mundo foram fortemente impactadas com o surto inicial da covid-19. Além disso, a grande maioria delas não estavam preparadas, pois nunca tinham enfrentado a magnitude de uma pandemia. A impressão é de que não há empresa que não tenha sofrido com problemas de receita ou de fluxo de caixa decorrentes da crise gerada pelo coronavírus.


As empresas, em meio ao caos da pandemia, foram pressionadas a se digitalizar com maior rapidez. Durante os lockdowns e restrições de mobilidade impostos em todo mundo, os consumidores tornaram-se dependentes de plataformas online como IfoodMercado LivreShoppeWhatsAppZoom e diversos outros em suas atividades cotidianas. A tendência é que isso tenha provocado mudanças que perdurarão por muito tempo no futuro. Na prática, com as pessoas sendo obrigadas a permanecer em casa por longos meses, se acostumaram ao novo estilo de vida digital. Vide exemplo, o Nubank, com o fortalecimento do digital banking, apresentou entre março de 2020 e março de 2021, crescimento da base de clientes de 50%. Continuando, as crianças e jovens passaram a estudar de forma online, enquanto os pais trabalhavam em home office. E para matar tempo, os streamings  e redes sociais ganharam ainda mais atenção entre o público em geral.


Setores e segmentos que antes tinham grande dependência das interações físicas foram obrigados a rever suas estratégias de encantamento do cliente. O setor de restaurantes, mercados e farmácias, por exemplo, tornaram-se adeptas ao uso de aplicativos de delivery para compensar a perda de receita operacional presencial. Alguns restaurantes, inclusive, optaram por trabalhar apenas na modalidade de retirada. Portanto, todas as marcas, de todos os setores, passaram a dar ênfase ao marketing digital, visando criar vínculos e relacionamentos mais duradouros com seus clientes através de mídias digitais. 


Portanto, as empresas não podem adiar a digitalização, considerando que sua sobrevivência depende disso, e, as que não aderirem imediatamente, estão fadadas a perda de mercado. A crise do coronavírus somente expôs os mercados e marcas que não estavam preparadas para a era digital. Determinados grupos da população serão os mais atingidos, entretanto, os nativos digitais tendem a prosperar sob as mesmas condições. Da mesma forma que a pandemia parece causar problemas mais relevantes em alguns mercados específicos, aqueles setores que exigem maior interatividade física sofrerão mais.  Por outro lado, os setores com processos digitalizados e enxutas, tendem a se sair melhor.


 



  • Setores da Economia com maior impacto:


 


- Empresas com processos predominantemente digitais;


- Setores com grande uso de mão de obra braçal;


 



  • Setores da Economia com menor impacto:


 


- Empresas com processos altamente digitalizados;


- Setores com organização enxuta;


E aí, todos preparados para nova a era digital?